Bruno e Gilberto lutaram em vão

ATUAÇÕES dos protagonistas de Cruzeiro 0-2 América, 11mar23sab16h30, Arena do Jacaré, Sete Lagoas, ida das semifinais do Mineiro 2023:

ARBITRAGEM fraca. Paulo César Zanovelli foi um árbitro confuso que, mais uma vez, perdeu tempo catando copinhos de plástico à margem do gramado. Na reta final, em associação com o VAR, marcou uma falta sobre Gilberto, que, em seguida transformou em pênalti, para depois concluir que na verdade o que houve foi impedimento do atacante celeste. E, nessa indecisão, abusou da paciência do torcedor por 10 minutos. (SÍNDICO)

CRUZEIRENSES lotaram a arquibancada, apoiaram o time, mas diante de tanta fragilidade técnica e tática da equipe, chamaram os jogadores de pipoqueiras, vaiaram o treinador e cobraram reforços de Ronaldo Nazário. Foi mais um castigo recebido na temporada, devido ao eterno "laboratório" promovido pelo treinador uruguaio. (SÍNDICO)

OLIVEIRA formou com REYNALDO uma dupla de zaga prejudicada por um sistema defensivo claramente desorganizado e sofreu com a exposição do setor. Ainda assim, os dois cometeram falhas individuais, algumas situações de natureza técnica, outras de posicionamento. Muitas vezes ficaram indecisos na hora de partirem para os duelos individuais. (GE)

WESLEY voltou a ter chance, após perder a titularidade nas últimas rodadas do Campeonato, mas não correspondeu. Errou ao tentar jogadas individuais e também nas buscas por tabela com os companheiros de frente. Saiu, no segundo tempo, sob vaias. (GE)

RAMIRO fez o seu melhor jogo com a camisa do Cruzeiro. Foi uma das novidades de Paulo Pezzolano. Jogou ao lado de Ian Luccas e, apesar de sobrecarregado em alguns momentos, conseguiu levar vantagem nos duelos individuais. Ofensivamente, apareceu muito mais do que de costume, participando da criação com bons passes e faltas sofridas. (GE)

CRUZEIRO foi um time de estivadores sem qualquer criatividade. Ficou mais tempo com a bola, mas quem controlou o jogo foi o América, um time mais entrosado, inteligente e prático. Para piorar, a defesa celeste cometeu falhas grotescas. Apenas Bruno e Gilberto mostraram alguma lucidez. Cabral não teve culpa nos gols. Kaiki e Ramiro foram esforçados. Os demais ficaram devendo na parte técnica, embora possam contar com a atenuante de um time eternamente em formação, sem uma mecânica de jogo definida. (SÍNDICO)

BRUNO Rodrigues, mais uma vez, o melhor do Cruzeiro. Jogou nas duas pontas, enviou boas bolas para a área americana, marcou, tentou jogadas individuais, se apresentou para tabelas, foi intenso durante toda a partida. Terminou com cãibras e sem forças até para conceder a entrevista para a televisão na saída de campo. (SÍNDICO)

GILBERTO lutou tenazmente contra a forte marcação da defesa americana. Tentou jogadas individuais, conseguiu uma boa finalização, mas não recebeu passes para fazer gols. (SÍNDICO)

PEZZOLANO disputou o sexto clássico sem sucesso. Perdeu cinco e empatou um. Escalou seu nono time diferente em sua segunda formação tática em 9 jogos. O resultado foi pífio. A defesa falhou muito, o meio de campo foi deficiente na marcação e na criação de jogadas. O ataque foi inofensivo. Está sem ideias e sem juízo. Precisa montar um time com jogadores fazendo o que sabem e dar sequencia à formação escolhida para obter entrosamento e sair dessa terrível má fase. (SÍNDICO)