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Calendário Sanchotene

Atualizado: 8 de mar. de 2024

CALENDÁRIO TUPINIQUIM


Paulo Roberto Tellechea Sanchotene


Como anunciado no texto “Como Passou Rápido” de 9 de Natal último (02/01/2024), decidi voltar à coluna Feliz Ano Novo de 46 de Verão passado (20/02/2023). Afinal:<<O ano no Brasil começa na Quarta-Feira-de-Cinzas e termina na terça de Carnaval. Há ainda uma temporada de festividades que coincide com o verão. Essa inicia-se com o Natal.As festas seguem com o Ano Novo gregoriano, continuam por todo o janeiro, e invadem fevereiro [quando há uma tentativa forçada de reinício dos trabalhos; a qual sempre falha miseravelmente]. Essas só se encerram mesmo com a entrada da Quaresma já praticamente no outono.>>

Em janeiro, eu refrisei ser necessário aceitar a “Temporada de Festas”, pois é preciso tanto “fazer as festas adequadamente” quanto “encarar o ‘tempo comum’ de maneira apropriada“. Essa é justamente a razão por que a humanidade estabelece calendários. No entanto, haveria uma inadequação do calendário gregoriano ao modo como os brasileiros em geral vivemos.

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Destarte, resolvi fazer-me uma pergunta: ¿como seria um calendário que respeitasse a nossa brasilidade? Posta a dúvida, coloquei a imaginação a funcionar na tarefa de encontrar uma resposta.

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Encontrei esteio na edição da Esmeril de Setimbro de 520 (setembro de 2020). Nessa, eu escrevera sobre “os dois Brasil”. Me convenci que um calendário tupiniquim deveria respeitar ambos. Foi o que fiz. Segue abaixo o resultado.

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Reservei oito dos 12 meses (224 dias) para representar o Brasil “burocrático, legalista, formalista, controlador, moralista, ordeiro, e idealista”; meses tão organizados que poderiam muito bem ter sido criação do próprio Marquês de Pombal.

Todos têm o mesmo tamanho (28 dias, 4 semanas), e todos os dias do mês coincidem com o dia da semana (i.e., 1º, 8, 15, e 22 são domingos; 7, 14, 21, e 28 são sábados; etc.) Enfim, ¡uma beleza!

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Como o ano ainda teria 12 meses, o Brasil “livre, mulato, sincrético, debochado, bagunçado, e hedonista” seria representado pelos 4 restantes; todos absolutamente diferentes uns dos outros.

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Um mês tem 12 dias; outro, 46; e dois são completamente variáveis (indo de 20 até 64 dias). Admita-se, ¡uma pérola!

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Grosso modo, as regras seriam estas:

I. O Ano Novo sempre ocorreria na Quarta-Feira de Cinzas [cuja data varia de 4 de fevereiro a 10 de março].

II. O primeiro mês terminaria no Sábado de Aleluia, tendo 46 dias de duração.

III. O segundo mês iniciaria no domingo de Páscoa.

IV. Do segundo ao nono mês, todos teriam apenas 28 dias [4 semanas] – com o 1º dia num domingo, e o 28º, num sábado.

V. O décimo mês teria uma quantidade variável de dias, sempre começando 32 semanas depois da Páscoa e encerrando-se na véspera de Natal.

VI. O décimo-primeiro mês seria o mais curto de todos, com somente 12 dias de duração, do Natal à véspera do Dia de Reis [ou seja, de 25 de dezembro a 5 de janeiro].

VII. O último mês sempre começaria no Dia de Reis e se encerraria na Terça-Feira de Carnaval, tendo, pois, também uma quantidade variável de dias.

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O Calendário Tupiniquim seria assim em todo o seu esplendor:

1. Quaresma, 46 dias

2. Segumbro, 28 dias

3. Tercembro, 28 dias

4. Quartubro, 28 dias

5. Quintubro, 28 dias

6. Sextubro, 28 dias

7. Setimbro, 28 dias

8. Oitavubro, 28 dias

9. Nonubro, 28 dias

10. Primavera, de 20 a 54 dias

11. Natal, 12 dias

12. Verão, de 29 a 64 dias

Algumas objeções são óbvias. Já respondo aqui algumas.

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Como a data de ano novo sempre muda, os anos teriam tamanhos bastantes diferentes. A variação no tamanho dos anos, entretanto, não é problema. Entre um Natal e outro, a quantidade de dias seria praticamente sempre a mesma [desconsiderando anos bissextos, por óbvio]. Aqui também os dois Brasil são representados formando uma bagunça ordeira.

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Portanto, anos contábeis e anos escolares, por exemplo, poderiam simplesmente respeitar o calendário de Natal a Natal [ou, melhor dizendo, de Natal (mês 11) à Primavera (mês 10)], os quais concidem com o calendário gregoriano. Na prática, para esses, apenas se mudaria o começo dos anos – do dia 1º de janeiro [ou 8 de Natal (8.11)] para o 25 de dezembro [ou 1º de Natal (1.11)]. É uma alteração de míseros 8 dias.

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É fato que as aulas começariam muitas vezes antes do Ano Novo. Porém, ¡isso é já é assim! A diferença é somente que passaria a ser oficial. Ao fim e ao cabo, tenho certeza, a adaptação seria rápida e praticamente indolor.

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Os nomes dos meses foram escolhidos para tornar mais evidente cada período do calendário:

a) o período da Quarta-Feira de Cinzas ao Sábado de Aleluia já é conhecido como Quaresma – logo, de aí o nome do mês;

b) os meses “pombalinos” (de Segumbro a Nonubro) seguem a lógica dos nomes dados a setembro, outubro, novembro, e dezembro no calendário gregoriano [Usei os números cardeais para ficar diferente. Outrossim, percebei que não haveria mais esse absurdo de o mês 9 ser SETEmbro; de o mês 10 ser OUTUbro; de o mês 11 ser NOVEmbro; e de o mês 12 ser DEZembro. O nome e o número dos meses passariam a ter correspondência.];

c) o mês de Primavera normalmente coincidirá com a primavera – porém, mais importante, tratar-se-ia de um mês de transição entre o “Tempo Comum” (de Quaresma a Primavera) e a “Temporada de Festas” (do Natal ao Carnaval), e transição é típico da primavera;

d) o mês de Natal, creio, dispensa explicações – as festas já abrem com o Natal, e isso ficaria mais evidente; e, por fim,

e) o mês de Verão coincide muito com o verão astronômico, é efetivamente o período atual de festejos, e o nome ainda combina com o de Primavera – ainda mais sendo ambos os meses de tamanho variáveis do novo calendário.

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Admito. A proposta até se parece um pouco com aquela dos revolucionários franceses que criaram um calendário novo para a França. Todavia, só parece. Não há nada de científico, de anti-religioso, e nem sequer de novo ou de baseado num “dever-ser”, nesta construção.

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É verdade que o calendário deixa de ser diretamente cristão, ao se adotar como marco zero o descobrimento do Brasil em 1500. O próximo ano, por exemplo, seria 524 d.C. [depois de Cabral]. Porém, sendo o Brasil um império ecumênico sincrético católico, as datas de referência do calendário seguem sendo cristãs [Natal, Quarta-Feira-de-Cinzas, Páscoa], como muitas no calendário gregoriano.

Portanto, o novo calendário, diferentemente daquele francês, não chega a negar Cristo. O calendário tupiniquim tão somente O abrasileira; reconhecendo o que já todos sabemos: Deus é brasileiro.

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Ademais, o calendário francês se baseava num “homem novo”. Já o calendário proposto, esse busca respeitar a forma como nós brasileiros já vivemos o ano. De todas, essa seria a principal diferença.

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Não sei quanto a vós, leitores, se é que conseguistes chegar até aqui, mas apesar de ser apenas o exercício inútil de uma mente inquieta, vos confesso, eu gostei do resultado…

Por isso que resolvi dividi-lo convosco.

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umentar a vantagem: Cruzeiro encara Tombense no Ipatingão; confira prováveis escalações

Duelo será o primeiro das equipes na temporada. Cruzeiro não deve ter novidades para encarar o Tombense na semifinal do Campeonato Mineiro. Por mais que o técnico Larcamón tenha ganhado os reforços de Neris, do departamento médico, e Álvaro Barreal, inscrito no BID da CBF, o comandante deve repetir o time que venceu o Uberlândia no último jogo da primeira fase do estadual.

Se houver alteração, a tendência é que aconteça no meio-campo com a saída de Mateus Vital. Quem herdaria a vaga do jogador seria o atacante Robert, que vem entrando bem nos últimos duelos do time estrelado.

Com isso, um provável Cruzeiro teria: Rafael Cabral; William, Zé…

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Dirigentes de Cruzeiro e Al-Hilal se reuniram neste fim de semana para tratar do contrato do meia Matheus Pereira, que está emprestado à Raposa pelo clube saudita até o julho deste ano. O blogueiro de O Tempo Sports Samuel Venâncio apurou quem participou do encontro.

Do lado do Cruzeiro estavam o sócio-majoritário da SAF, Ronaldo Fenômeno, e o CEO Gabriel Lima. Eles foram acompanhados por Marcos Motta, conhecido como um dos maiores advogados do meio esportivo, que assessora o próprio Al-Hilal e a Liga Saudita. Quem representou o clube saudita foi Fahad Bin Saad Bin Nafel, presidente do conselho de administração do Al Hilal.Cruzeiro vem conversando já há um tempo com todas as partes envolvidas, incluindo o staff do atleta…

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TOMBENSE x CRUZEIRO, 10mar24dom19h30, Municipal João Lamego (Ipatingão), Ipatinga, ida das semifinais do Mineiro 2024.

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TEMPO: nublado, temperatura 25º, vento 10 Km/h, umidade 70%.

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TRANSMISSÃO: Premiere, narração Rogério Corrêa, comentários Fábio Jr e Henrique Fernandes. Canais Samuel Venâncio, Cruzeiro Sports.

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RANKING da CBF : Cruzeiro é o 17º, com 8.330 pontos; Tombense, o 35º, com 3.599.


CLASSIFICAÇÃO: Cruzeiro ficou em 1º lugar na fase classificatória, com 19 pontos; Tombense, o 2º do Grupo A e 3º no geral, com 15.

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ARBITRAGEM: Paulo César Zanoveli (MG).

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CRUZEIRO: Cabral; William, Zé Ivaldo, João Marcelo, Marlon; Romero, Lucas, Vital, Pereira; Dinenno, Gomes. T: Nico Larcamón.

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BANCO: Anderson, Aragão, Gasolina, Palacios, Pedrão, João Marcelo, Rhuan Santos, Villalba, Ramiro,…

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Cruzeiro.png 2 × 0 Tombense.png

22ª rodada do Campeonato Brasileiro B 2022

Placar

Cruzeiro 2-0 Tombense

Súmula Borderô

Informações

Data: sábado, 6 de agosto de 2022 às 19:00

Local: Belo Horizonte, MG

Estádio: Mineirão

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro

Assistente 1: Fabrício Vilarinho da Silva

Assistente 2: Cristhian Passos Sorence

Público e Renda

Público pagante: 37.508 (26.426 sócios)

Público Presente: 42.274

Renda Líquida (saldo do jogo): R$ 678.217,16

Renda Bruta: R$ 1.264.718,00 (preço médio: R$ 33,72 )

Escalações

Cruzeiro

1. (T) Rafael Cabral

5. (T) Zé Ivaldo

26. (T) Oliveira

14. (T) Eduardo Brock

6. (T) Matheus Bidú

25. (T) Neto Moura Substituição realizada 38' (2T) de jogo 38' (2T) ( 20.(R) Pablo Siles )

23. (T) Filipe Machado

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HISTÓRICO: 12 jogos, Cruzeiro venceu 7, empatou 3, perdeu 2, marcou20 gols, sofreu 9.

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