Os presidentes do Palestra Itália

Alguns realizaram obras extraordinárias, outros sucumbiram diante de crises financeiras. Mas tinham, todos eles, um traço comum: a paixão pelo clube.

1921/22 – Aurélio Noce, comerciante, levou o Palestra à Primeira Divisão da Liga Mineira.

1923/24 – Alberto Noce, alfaiate, comandou a construção do primeiro estádio do Barro Preto, inaugurado em 1923.

1925/26 – Braz Pellegrino, médico, abriu as portas do clube aos não-italianos, em 1925 e conquistou o primeiro título oficial em 1926.

1927/28 – Américo Gasparini, advogado nascido em Santa Tereza (ES), formou a primeira academia do futebol mineiro, o time campeão de 1928.

1929/30 – Antônio Falci, comerciante, campeão invicto de 29/30, abriu o clube aos negros e mulatos, ao incorporar os médios Bento Russain e Pires, de Nova Lima.

1931 – Manoel Silva, ocupou a presidência interinamente até a eleição de Lydio Lunardi.

1931/32 – Lydio Lunardi, dono de marmoraria, instalou a sede social do Palestra numa propriedade de sua família, o Palacete Lunardi (Caetés 343), quando o clube foi despejado de sua primeira sede na Praça Sete.

1932 – José Viana de Souza ocupou a presidência, entre janeiro e abril, quando Lydio Lunardi afastou-se para presidir a Liga Mineira e, depois, para fundar a Associação Mineira de Esportes Gerais (AMEG).

1933/36 – Miguel Perrella, médico, comandou a adesão do clube ao profissionalismo, em junho de 1933. Trabalhou para colocar o Palestra no Campeonato Brasileiro de Profissionais que a Federação Brasileira de Futebol tentou, em vão, organizar em 1934.

1936 – Romeu de Paoli, engenheiro, tomou posse em 12 de maio e renunciou em 1º de julho, após se desentender com os cartolas dos clubes rivais e declarar que, no ambiente do futebol, “pululam mentalidades ignorantes e sem lealdade.”

1936/40 – Osvaldo Pinto Coelho, médico e coronel da Polícia Militar. Em sua gestão o Palestra rompeu com a Liga Mineira, em 1936. Conduziu o clube ao seu último título como Palestra Itália em 1940.

1941/42 – Ennes Ciro Poni, juiz de direito. Trocou o nome Palestra por Ypiranga para evitar o confisco do patrimônio do clube, quando o Brasil declarou guerra à Itália, em 1942. Renunciou quando o Conselho Deliberativo o desautorizou e mudando o nome para Cruzeiro.

1942 - João Fantoni, o Ninão, ex-jogador e caminhoneiro, Wilson Saliba, farmacêutico, e Mario Tornelli, bancário, componentes da Junta Governativa que dirigiu o clube, entre outubro e dezembro, com a missão de obter a aprovação do estatuto pela Federação Mineira de Futebol.