Pezzolano: "paciência e agressividade"

PAULO PEZZOLANO: Houve a movimentação e a agressividade que queremos. O primeiro tempo, foi duro. É normal. Eles são um time muito compacto, sabíamos que seria isso, jogar contra um time compacto e agressivo. Não é fácil jogar contra times assim. Eles fizeram bom trabalho. Não é que nosso trabalho foi ruim. Mas é difícil que aguentem o jogo todo, como num primeiro tempo. Em algum momento, eles deixariam algum buraco, alguma brecha. Isso aconteceu no segundo tempo e aproveitamos. Com a bola, tivemos paciência. Quando eles começaram a pressionar mais, começou a ter espaços que utilizamos bem. Vitor Roque entrou bem, como todos. Feliz com os jogadores e o rendimento tático também.

RAFAEL CABRAL: Estou aqui para ajudar toda vez que o time precisar e tomar o mínimo de gols possível. Vamos continuar trabalhando porque a temporada é longa e a gente ainda tem muitos objetivos. Você vê o resultado, parece que foi fácil, mas nossa equipe fez acontecer. Temos conversado no vestiário pra não deixar as coisas acontecerem, mas pra gente mesmo fazer acontecer. Seriedade, humildade e aproveitar as oportunidades.

XIS ÉQUIS: Foi uma partida pra matar saudades das goleadas tão, atualmente, escassas. Foram muitas chances e muitos gols. A partida poderia ter sido outra pro Sergipe se aquela bola tivesse entrado logo após o gol cruzeirense. Mas a bola bateu no poste. O que mais importa é que tudo indica que não sofreremos este ano como nos últimos. Vi os melhores momentos do Cruzeiro no YT com uma câmera que ficava atrás do gol pro qual atacávamos e é nítido o quanto o clima é bom, Bruno José festejou muito com Roque e Thiago em seus gols. Se não houver a 3ª guerra mundial, esse ano subimos. hehehe

FERNANDÃO ÁVILA: Discordo dos comentários relativos à falta de compactação e mau posicionamento defensivo. As linhas se bagunçam na frente pelo estilo de jogo adotado. O perde-pressiona. Não dá pra fazer isso com linhas estáticas e bem desenhadas. I rime ainda está em fase de adaptação. O torcedor vai ter que se acostumar a passar um ou outro medo, mas ganhando disputas na frente e mantendo o adversário preso atrás. Como o Sergipe se negou a recuar demais e dar chutão (o professor de lá é portuga teve caixa pra cinco. O placar mais justo seria 5x2 pra nós, mas deu pra ver nitidamente a proposta de jogo do Pezzolano.

DOUGLAS VELLOSO: O primeiro tempo foi descompassado. O Cruzeiro parecia estar em outra rotação, apesar do domínio técnico. Faltou, novamente, melhor posicionamento defensivo, defender com mais gente e errar menos passes. Contra equipes mais fortes, o distanciamento entre as linhas pode ser fatal. Machado jogou perto da área adversária, sem fazer a recomposição. Foi terceiro homem do meio, sem haver um segundo 'volante' pra que ele pudesse jogar assim. Giovanni jogou aberto, sem aproximação nas jogadas com o Edu. No segundo tempo, o João Paulo preencheu o espaço central do ataque, Roque incendiou o jogo e o gol tirou a trava. A bola passou a andar com mais velocidade e num outro compasso. As substituições deram dinâmica interessante, sem a total necessidade de se ter sempre dois homens abertos. Se compararmos com as últimas edições da CB, o Cruzeiro se mostrou mais preparados Se fosse contra o Juazeirense, pelo menos uma das bolas que beijou o poste estaria na rede.